Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol...


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,



são eternos como é a natureza.

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Poema: Pablo Neruda.
Arte: Edvard Munch, Lovers on the beach.

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domingo, 14 de agosto de 2011

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Meu pai sempre me prometeu
Que viveríamos na França
Íamos de barco pelo rio Sena
E eu gostaria de aprender a dançar.

Vivíamos em Ohio, e então
Ele trabalhou nas minas
Os sonhos dele eram como barcos
Sabíamos que seria navegar no tempo.


Minhas irmãs cresceram e foram embora
Para Denver e Cheyenne
Casaram-se com seus sonhos de adulto
Os liláses e os homens.

Eu fiquei para trás, o mais novo
ainda dançava sozinho.
Esperando, esperando que os sonhos do meu pai
um dia pudessem me levar para casa.

Eu vivo em Paris agora
Minhas crianças dançam e sonham
Ouvem modos de vida de um mineiro
Em palavras que nunca dizem.

Eu navego em minhas lembranças de casa
Como barcos cruzando o Sena
E vendo os olhos do meu pai
Assistindo o pôr do sol
Que se define nos olhos de meu pai.

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Arte: Edward H. Potthast

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Minha música não quer se bela
não quer ser má.
Minha música não quer nascer pronta,
Minha música não quer redimir mágoas.


Minha música quer estar além do gosto,
minha música quer ser de categoria nenhuma,
minha música quer só ser música.

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Letra: Adriana Calcanhotto, minha música.
Arte: Cândido Portinari, músico Clarinetista.

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