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Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo pra mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
Saint Exupéry
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sexta-feira, 30 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Diálogo IV
Ele: Eu sou um abismo.
Ela: Te olho.
Ele: O que vês?
Ela: Só ouço.
Ele: O meu chamar?
Ela: Sim!
Ele: Vem habitar em mim.
Ela: Morrer em ti, cair em suas profundezas.
Ele: Verás a minha beleza.
Ela: Assim é o meu desejo, voar para enfim cair em seus braços que me abraçarão num amor mortal.
Ele: Esse amor mortal, em nossos braços e abraços, um laço imortal é.
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Leo&Marie
Ela: Te olho.
Ele: O que vês?
Ela: Só ouço.
Ele: O meu chamar?
Ela: Sim!
Ele: Vem habitar em mim.
Ela: Morrer em ti, cair em suas profundezas.
Ele: Verás a minha beleza.
Ela: Assim é o meu desejo, voar para enfim cair em seus braços que me abraçarão num amor mortal.
Ele: Esse amor mortal, em nossos braços e abraços, um laço imortal é.
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Leo&Marie
sábado, 24 de abril de 2010
Nada, jamais, na verdade, substituirá o companheiro perdido.
Ninguém pode criar velhos companheiros. Nada vale o tesouro
de tantas recordações comuns, de tantas horas más vividas
juntos, de tantas desavenças, de tantas reconciliações, de
tantos impulsos afetivos.
Não se reconstroem essas amizades. Seria inútil plantar um
carvalho na esperança de ter, em breve, o abrigo em suas folhas.
Assim vai a vida. A principio, enriquecemos; plantamos durante
anos, mas os anos chegam em que o tempo destrói esse trabalho,
arranca essas arvores. Um a um, os companheiros nos retiram sua
sombra. E aos nossos lutos mistura-se então a magoa secreta de
envelhecer.
Saint Exupéry
Ninguém pode criar velhos companheiros. Nada vale o tesouro
de tantas recordações comuns, de tantas horas más vividas
juntos, de tantas desavenças, de tantas reconciliações, de
tantos impulsos afetivos.
Não se reconstroem essas amizades. Seria inútil plantar um
carvalho na esperança de ter, em breve, o abrigo em suas folhas.
Assim vai a vida. A principio, enriquecemos; plantamos durante
anos, mas os anos chegam em que o tempo destrói esse trabalho,
arranca essas arvores. Um a um, os companheiros nos retiram sua
sombra. E aos nossos lutos mistura-se então a magoa secreta de
envelhecer.
Saint Exupéry
sexta-feira, 23 de abril de 2010
- Cativa-me, disse a raposa.
- Que quer dizer cativar? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Saint Exupéry
quinta-feira, 22 de abril de 2010
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Ouse, ouse... ouse tudo!!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!!
Lou Andreas Salomé
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Ouse, ouse... ouse tudo!!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!!
Lou Andreas Salomé
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quarta-feira, 21 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Argumentum Ornithologicum
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Jorge Luís Borges
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Eu fecho os olhos e vejo um bando de pássaros.
A visão dura um segundo ou talvez menos; não sei
quantos pássaros vi. Era definido ou indefinido o
seu número? O problema envolve o da existência de
Deus. Se Deus existe, o número é definido, porque
Deus sabe quantos pássaros eu vi. Se Deus não existe,
o número é indefinido, porque ninguém pode fazer a
conta. Eu tenho certeza de que vi menos de dez
pássaros e mais de um, mas não vi nove, oito, sete,
seis, cinco, quatro, três ou dois pássaros. Eu vi um
número entre dez e um, que não é nove, oito, sete,
seis, etc. Esse número é inconcebível, mas é inteiro;
Minha opinião ornitológica, Deus existe.
Jorge Luís Borges
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sexta-feira, 16 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
"Assim, para quem ama, o amor, por muito tempo e pela vida afora, é solidão, isolamento, cada vez mais intenso e profundo. O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa. (...) O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo por si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser: é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe."
Lou Andreas Salomé
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Lou Andreas Salomé
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terça-feira, 6 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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